ENEAGRAMA: Enea=nove; Grama= esquema, gráfico, figura¦

Trata-se de um estudo da Personalidade que propõe nove Tipos ou estruturas. Acumula uma tradição oral de cerca de 4. 500 anos, que nas últimas décadas vem sendo resgatada, com sinais de grande potencial de ajuda. Situa-se como proposta de ponte entre a Psicologia e a Espiritualidade. é uma tipologia dinâmica, aberta ao crescimento, que se coaduna com as descobertas das grandes escolas psicológicas da atualidade, integrando-as e indo além delas, num esquema que consegue conjugar profundidade e simplicidade de compreensão. O Eneagrama é um instrumento de auto-conhecimento e sobretudo um caminho de crescimento! Aqui reside sua especial riqueza: além de ser uma chave de leitura para a pessoa se entender, ele aponta pistas concretas de amadurecimento, ajudando cada pessoa a desenvolver suas potencialidades e a lidar melhor com seus pontos fracos. Não promete milagres. é um mapa claro que indica o caminho mas não substitui o esforço pessoal. Segundo esta tradição nenhum Tipo é melhor que o outro. Todos tem potencialidades fantásticas e todos tem tendencias negativas. Tudo depende do amadurecimento. Não há julgamento moral: as tendencias são geralmente inconscientes e devem ser encaradas naturalmente como humanas.

A Primeira Etapa propõe a descoberta, por parte de cada pessoa, do seu “Tipo”; a segunda parte aborda o caminho de crescimento próprio para cada “Tipo”; na terceira etapa, propomos um caminho de espiritualidade á luz da Tipologia do Eneagrama.

  • Babilónia, 2500 AC (possivelmente)
  • Pitágoras, Pitagóricos
  • Padres do Deserto (Evagrius do Ponto)
  • Sécs. X e XI / Islamismo/ Irmandades Sufistas / Tradição Oral
  • Ocidente: Início do século passado (1920) ‘ Gurdjief (região do Cáucaso ‘ antiga União Soviética)
  • Década de 60: Oscar Ichazo (psicólogo boliviano, aprendeu com mestres sufistas no Afeganistão) Sintetiza misticismo Oriental com Psicologia Ocidental
  • Década de 70: Cláudio Naranjo(psicólogo chileno): expõe em círculos de Psicologia desses círculos participam psicólogos, curiosos, padres
  • Alguns padres Jesuí­tas: experimentam e começam a escrever (1972/1973).
  • Atualmente: Várias orientações várias metodologias várias aplicações
  • Tendencia a sair numerando as pessoas: no fundo, só a própria pessoa pode se descobrir e, de fora, corremos grave risco de errar. Além disso, não adianta nada rotular ninguém. Isso só cria resistências e deturpa o sentido do Eneagrama.
  • Tendencia de formar as equipes que de certo: todos os tipos podem ser ótimos e todos podem ser péssimos. Dar certo ou errado não depende do tipo mas do amadurecimento de cada pessoa.
  • Ficar só querendo “explicar” o outro: é o maior perigo! O Eneagrama é sobretudo um caminho de auto-conhecimento e crescimento pessoal. Pressupõe maturidade. Como qualquer instrumento, sempre depende da forma como é usado. Se usado contra os outros pode ser uma arma perigosa.
  • Usar o Eneagrama como bengala: é a tentação de usar o Eneagrama para justificar seus comportamentos: “é próprio do meu Tipo!” Mas isso é deturpação do sentido profundo do Eneagrama. Ele nos ajuda a descobrir como somos, não para permanecermos desse jeito, mas para começarmos a um caminho de mudança e crescimento! Descobrimos como somos, para sabermos que podemos ser diferentes!
  • Conhecer-se e entender-se / Trabalho de crescimento
  • Compreender melhor os outros / relacionar-se melhor
  • Mais que um caminho de auto-conhecimento, é um caminho de crescimento.
  • Somos estragados pelas nossas qualidades: o Enegrama mexe nos pontos fracos, para que a pessoa, confrontada com eles, perceba o mal que causa a si mesma e aos outros e sinta a necessidade de se trabalhar.
  • Isso pode gerar angústia inicial que pode levar a um processo de libertação interior.
  • Pecado de Raiz (núcleo negativo): não é pecado no sentido moral. Trata-se do “defeito de origem”, do “problema fundamental’ que condiciona toda a estrutura da pessoa. Há um paralelo com os Sete Pecados Capitais, acrescidos da “mentira” e do “medo”
  • Sentir-se “mala”: aquele Tipo com o qual a pessoa se sente incomodada, exposta, como se estivessem mexendo em seus pontos fracos esse, provavelmente é o seu Tipo!
  • Como eu era quando tinha 18-21 anos? tendo em conta que nessa idade se manifesta a personalidade em toda a sua espontaneidade e que aqui descrevemos os tipos não trabalhados, é mais fácil identificar-se lembrando como eu era nessa fase.
  • Características essenciais x Características secundárias: embora cada pessoa se encontre num Tipo, ela reúne características de vários. Para identificar o seu Tipo, é preciso concentrar-se nas características essenciais. As secundárias podem aparecer ou não. No Eneagrama, a distinção entre os Tipos se baseia nas motivações e não nas atitudes: vários tipos podem ter a mesma atitude com motivações diferentes.
  • Não se fixar em nenhum Tipo, sem os vermos a todos

O Eneagrama propõe três Centros de Energia ou três tipos de Inteligencia: emocional, racional e prática. Cada pessoa possui os três Centros mas, na infância, um deles foi reprimido, outro foi supervalorizado e o terceiro passou a ser usado de forma secundaria, como sustentáculo do mais desenvolvido. Em cada Centro predomina uma habilidade específica e uma energia própria. Simbolicamente podemos ligar cada energia ou inteligencia a um determinado centro do corpo: a inteligencia emocional se relaciona com a energia do coração; a inteligencia racional se liga com a cabeça; a inteligencia pratica se refere ao centro visceral (baixo ventre, onde ficam “sediadas” as energias primarias da sexualidade e da alimentação).

  • Predomina a habilidade para lidar com relacionamentos.
  • A energia principal é sentimento e emoção.
  • São tipos muito sensíveis: captam os sentimentos dos outros com precisão e facilmente se sentem feridos.
  • A sensação profunda é de não serem amados (carência afetiva).
  • Buscam conquistar a atenção e o amor dos outros para compensar essa sensação dolorosa:
  • O Tipo Dois tenta agradar as pessoas para ser amado por elas.
  • O Tipo Três busca o exito e o sucesso para ser elogiado¦ e interpreta como “ser amado”
  • O Tipo Quatro dramatiza seu sofrimento para atrair a compaixão dos outros.
  • Cada Tipo orienta a energia propria de seu Centro de um modo diferente:
  • O Tipo Dois orienta para fora: toda a sua sensibilidade é dirigida para os outros.
  • O Tipo Quatro orienta para dentro: toda a sua sensibilidade é vivida internamente.
  • O Tipo Três tem essa energia bloqueada (para compensar, privilegiou a inteligencia prática).
    • Predomina a habilidade para observar, analisar, refletir e tomar decisões.
    • A energia principal é razão, capacidade intelectiva-cerebral.
    • São tipos retraídos, que recuam. O medo perpassa as pessoas deste Centro.
    • A preocupação principal é entender.
    • A sensação profunda é de incapacidade perante o mundo que os rodeia (perigos, sofrimentos)
    • Cada Tipo tenta compensar o medo e a incapacidade de um jeito próprio:
    • O Tipo Cinco tenta entender tudo, achando que assim será capaz de enfrentar a realidade.
    • O Tipo Seis busca seguranças externas para enfrentar os perigos.
    • O Tipo Sete supera o medo refugiando-se no mundo da imaginação e enfeitando os problemas.
    • Cada Tipo orienta a energia própria de seu Centro de um modo diferente:
    • O Tipo Cinco orienta para fora. Mesmo isolado, sua reflexão é para entender o mundo á sua volta.
    • O Tipo Sete orienta para dentro: embora seja extrovertido, sua capacidade racional se manifesta no planejamento e na criatividade, que são atividades voltadas para si mesmo.
    • O Tipo Seis tem essa energia bloqueada (para compensar, privilegiou a inteligencia emocional).
    • Predomina a habilidade para agir, fazer coisas.
    • A energia principal é a agressividade-impulsividade.
    • São tipos de ação, dinâmicos.
    • Sua preocupação principal é dominar e controlar.
    • O poder é algo importante para estes tipos.
    • A sensação profunda é de insignificância.
    • Cada Tipo procura compensar esta sensação dolorosa de um jeito próprio:
      O Tipo Oito procura dominar o mundo a sua volta para sentir-se importante e faz coisas para se afirmar.
    • O Tipo Nove omite-se e esconde-se para não experimentar novamente a sensação dolorosa e usa a teimosia para se afirmar.
    • O Tipo Um preocupa-se com o auto-controle, para se afirmar através do bom comportamento.
    • Cada Tipo orienta a energia própria do seu Centro de um modo diferente:
    • O Tipo Oito orienta para fora: controlando o mundo a sua volta.
    • O Tipo Um orienta para dentro: mantendo o auto-controle e a disciplina interna.
    • O Tipo Nove tem essa energia bloqueada (para compensar, privilegiou a inteligencia racional).

Autoconhecimento através do Eneagrama.

A Jornada Interior:

Descobrindo o Tipo de Personalidade.

Apresentação dos Nove Tipos.

O Eu Triático.

As tríades.

As Asas. Essências e Personalidades.

O Eu e a ligação com a Espiritualidade.

Dinâmicas e Variações.

As variantes Instintivas.

Rumo a Integração.

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